A UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) está em greve há dois meses. Numa das últimas assembléias docentes, um professor de engenharia, tradicional opositor desse tipo de movimento, ao iniciar sua fala, aproveitou para externar seu regojizo com a vitória do presidente americano eleito, Barak Obama, concluindo assim sua fala:
- Vamos aguardar as mudanças que virão para o mundo todo, com a vitória de Obama Bin Laden.
- Vamos aguardar as mudanças que virão para o mundo todo, com a vitória de Obama Bin Laden.
Foi aquela gargalhada na assembléia. Claro que o referido professor, no calor de sua emoção, confundiu as personagens e, por alguma razão, secreta e inconsciente, fez a junção das duas lideranças internacionais, de coloração tão diferente.
Eu, então, aonde estava, na minha cadeira, aproveitei a deixa pra elaborar mentalmente um texto que abordasse o significado e implicações da criação desse novo personagem, que ora apresento pra vocês.
Retirei do discurso de posse de Obama Bin Laden, o seguinte trecho:
- Sim, nós podemos, este era nosso grito de guerra de campanha. Deixei para lhes falar, neste momento de vitória, do novo poder que nos foi atribuído nessa eleição: o de domínio, amplo, geral e irrestrito do mundo, com a criação de um novo ser planetário, capaz de todo o poder do mundo. Sim, meus compatriotas, eu sou o Obama Bin Laden.
Foi uma grande reação de perplexidade, naquele dia memorável em Chicago. Alguns abriram a boca, cheios de surpresa e, também, de medo. Outros acharam o máximo, naquela euforia de vitória tudo se explicava, sobretudo para os que tinham um pezinho nos países muçulmanos.
Obama continuou:
- Pois é, americanos de todas as cores e crenças. Eu sou o todo poderoso, a nova face do capitalismo. Como vocês sabem, não há crise que nós não a enfrentemos como superação de nós mesmos, de nossa história, de nosso poder no mundo. E com soluções em novas roupagens.
Alguém da multidão, próximo do palco, levantou a mão. O presidente, porque já estava mesmo eleito, resolveu atender àquela manifestação:
- Diga, meu compatriota.
- Presidente, por que resolveu juntar à sua pessoa, aquele tido como o maior terrorista de todos os tempos? Não será algo difícil de aceitação pelos seus eleitores?
- Pelo contrário, meu jovem. Temos que dominar o terrorismo, anulando o seu poder pela via monetária. Vamos dar a seus líderes um reforço de caixa de muitos bilhões, para que eles os distribuam entre seus seguidores, assim ficaremos protegidos em relação aos seus planos de nos atingir com outros atentados.
- Presidente, a ideologia deles é o oposto da nossa, não acredito que isso possa dar certo.
- Errado, meu jovem. Só existe uma ideologia no mundo, a do bolso, esta altera todas as crenças e emoções.
A essa altura, já havia uma agitação muito grande no meio da multidão. Uma mulher, muito velha, pediu para ser ouvida:
- Presidente, estou muito confusa, votei no meu candidato que se chamava Barak Obama e, agora, fico sabendo que ele, de fato, se chama Obama Bin Laden. Como devo chamá-lo?
- Minha senhora, nada mudou, tudo estava escrito. O que aconteceu foi a necessidade de arrumarmos um jeito de continuar sendo os donos do mundo. Por isso, precisamos fazer esse ajuste. Quero lembrar que meu nome completo é: Barack Hussein Obama e, com minha vitória, acrescentei Bin Laden. Trago nele a síntese de todas as soluções. O Hussein, por exemplo, fica por conta da guerra do Iraque, trago o nome do ex-ditador, o que facilita acabar com essa guerra que nós inventamos e precisamos dar um jeito de usufruir dela.
- Presidente, estou assustada, o senhor está parecendo a junção de Deus com o Diabo.
- Brilhante, minha senhora! É isso mesmo. Eu sou o Bem e o Mal juntos, daí o nosso poder planetário.
Eu, então, aonde estava, na minha cadeira, aproveitei a deixa pra elaborar mentalmente um texto que abordasse o significado e implicações da criação desse novo personagem, que ora apresento pra vocês.
Retirei do discurso de posse de Obama Bin Laden, o seguinte trecho:
- Sim, nós podemos, este era nosso grito de guerra de campanha. Deixei para lhes falar, neste momento de vitória, do novo poder que nos foi atribuído nessa eleição: o de domínio, amplo, geral e irrestrito do mundo, com a criação de um novo ser planetário, capaz de todo o poder do mundo. Sim, meus compatriotas, eu sou o Obama Bin Laden.
Foi uma grande reação de perplexidade, naquele dia memorável em Chicago. Alguns abriram a boca, cheios de surpresa e, também, de medo. Outros acharam o máximo, naquela euforia de vitória tudo se explicava, sobretudo para os que tinham um pezinho nos países muçulmanos.
Obama continuou:
- Pois é, americanos de todas as cores e crenças. Eu sou o todo poderoso, a nova face do capitalismo. Como vocês sabem, não há crise que nós não a enfrentemos como superação de nós mesmos, de nossa história, de nosso poder no mundo. E com soluções em novas roupagens.
Alguém da multidão, próximo do palco, levantou a mão. O presidente, porque já estava mesmo eleito, resolveu atender àquela manifestação:
- Diga, meu compatriota.
- Presidente, por que resolveu juntar à sua pessoa, aquele tido como o maior terrorista de todos os tempos? Não será algo difícil de aceitação pelos seus eleitores?
- Pelo contrário, meu jovem. Temos que dominar o terrorismo, anulando o seu poder pela via monetária. Vamos dar a seus líderes um reforço de caixa de muitos bilhões, para que eles os distribuam entre seus seguidores, assim ficaremos protegidos em relação aos seus planos de nos atingir com outros atentados.
- Presidente, a ideologia deles é o oposto da nossa, não acredito que isso possa dar certo.
- Errado, meu jovem. Só existe uma ideologia no mundo, a do bolso, esta altera todas as crenças e emoções.
A essa altura, já havia uma agitação muito grande no meio da multidão. Uma mulher, muito velha, pediu para ser ouvida:
- Presidente, estou muito confusa, votei no meu candidato que se chamava Barak Obama e, agora, fico sabendo que ele, de fato, se chama Obama Bin Laden. Como devo chamá-lo?
- Minha senhora, nada mudou, tudo estava escrito. O que aconteceu foi a necessidade de arrumarmos um jeito de continuar sendo os donos do mundo. Por isso, precisamos fazer esse ajuste. Quero lembrar que meu nome completo é: Barack Hussein Obama e, com minha vitória, acrescentei Bin Laden. Trago nele a síntese de todas as soluções. O Hussein, por exemplo, fica por conta da guerra do Iraque, trago o nome do ex-ditador, o que facilita acabar com essa guerra que nós inventamos e precisamos dar um jeito de usufruir dela.
- Presidente, estou assustada, o senhor está parecendo a junção de Deus com o Diabo.
- Brilhante, minha senhora! É isso mesmo. Eu sou o Bem e o Mal juntos, daí o nosso poder planetário.