sexta-feira, 9 de novembro de 2007

RELAÇÕES DURADOURAS... POR QUE DURAM ?

Tempos atrás uma amiga telefonou para mim e de chofre:
- Quais as razões de uma relação duradoura? - Ela perguntou.
Sem estar preparada para essa pergunta porque nunca havia pensado especialmente nessas razões, comecei a lhe falar sobre o que estava armazenado na minha cabeça, a respeito. Uma informação in off pra vocês: ela tinha se hospedado em minha casa por uma semana dez dias antes e, possivelmente, tal indagação estava relacionada a isso, uma vez que sou casada há quase treze anos, portanto, no figurino das relações tidas como duradouras para a minha geração e, com certeza, longuíssima para as gerações mais recentes.
Comecei naquele contato a apontar quais seriam as condições para uma relação de casamento longa, entre pessoas consideradas modernas, prolongar-se para além das regras vigentes.
Pode parecer o óbvio ululante afirmar que a condição mais importante é a existência de um amor profundo, aquele com cara de vida longa, forte, valente, resistente a trancos e barrancos e, em alguns casos, a barracos também...rs rs.
Coladinho a esse amor, vem a confiança mútua entre o casal, isto é, ter a certeza de que se pode contar com essa pessoa pro que der e vier, incondicionalmente, mesmo a contragosto, dependendo do fato.Traduzindo de maneira mais direta: aquela pessoa frente à qual você se despe sem medo do julgamento que virá, uma espécie de terapeuta de plantão, ao alcance de nossos desabafos e confidências.
Aí penso que decorrente da confiança, este tipo de relação nos reserva a presença de uma cumplicidade, por vezes, silenciosa, tipo você sabe o que a pessoa pensa sobre quase todas as coisas que envolvem ou não aquela dupla e, mais ainda, o que irá pensar sobre o quê, eventualmente, não estiver previsto no cotidiano daquela vida em comum. Aqui, o gostar de coisas em comum faz toda diferença.
Como dizem os orientais, quando o casal gosta muito de conversar é um prenúncio de uma vida longa em comum. Eu acrescentaria que, sobretudo, conversas nas madrugadas da vida são muito especiais e carregadas do sentido da confiança e da cumplicidade, comungadas a dois.
Não saberia também viver junto com alguém sem ter como ingrediente permanente o senso de humor. Ah! Que coisa mais gostosa na convivência! Torna a vida mais leve e, por vezes, até patética, em momentos dramáticos, por paradoxal que pareça ser. Quem vive assim, sabe do que falo.
Sinalizo, ainda, um aspecto que pode até parecer bizarro, que é o tipo de caráter dos parceiros de uma relação como componente dessa longevidade. Pensem comigo e vejam se faz sentido. Se duas pessoas num casal são da família bom caráter ou, se ao contrário, fazem parte da ramagem mau caráter, esse qualidade tem tudo para facilitar a convivência mais harmônica do casal. Parece-me claro isto, seja porque diminuem as chances da presença de conflito, de discordância valorativa frente às ocorrências cotidianas e, principalmente, pode facilitar as decisões conjuntas em momentos de opções comuns mais fundas.
No entanto, meus camaradas, essas minhas indicações nessa conversa com vocês, podem ser pura teoria. Há casos em que as pessoas ficam juntas por neurose, por pura doença, porque não têm coragem de dar a volta por cima e por aí vai. Não se esqueçam que o coração tem razões que a própria razão desconhece. E a loucura também.
Sem desconsiderar que existem ainda a magia e conspirações do universo que jogam a favor para manter juntas as pessoas e que nossa pequenez humana não será capaz de entendê-las.
De todo modo, todos nós queremos boas relações duradouras, dentro das possibilidades que esse mundo cruel nos permite. Que aprendamos a regá-las com esses temperos aqui apontados, além de buscar inovações e outras circunstâncias que favoreçam essa durabilidade.


5 comentários:

Anônimo disse...

poxa rose o meu parecer é que as vezes vc acerta em cheio o porque das coisas me orgulho de ter sido sua aluna

Anônimo disse...

Olá Rose, como vai ?

Tenho acompanhado o seu blog , parabéns, continue inspirada e nos inspirando !

Abraços,

Mônica (ex Nova Baixada)
11/11/2007 23:50

Unknown disse...

prof° não esqueça de mandar a proxima cronica para mim. já entrei hoje e ainda não achei .bjs .glacepereira

Anônimo disse...

Olá Rose,

acredito que todas as relações passam por diversas fases e oscilações. Algumas superam, outras não.
Entretanto, as que duram, como a sua que tem 13 anos e/ou a minha que já chegou nos 16 anos, sempre trazem no seu interior um ‘algo mais’ que a amizade, que o carinho, que o companheirismo e cumplicidade, que a paciência, que o bom caráter e ou o lado B de cada um que juntos “liquidificam sentimentos, emoções e paixões” (como disse você numa outra crônica).
Da mesma maneira que ‘o coração tem razões que a própria razão desconhece’, também desconhecemos esse ‘algo mais’, e pela necessidade que nós mortais temos de nomear, chamamos simplesmente de Amor.
De todo modo, quero dar os parabéns a você por esse ‘algo mais’, que com certeza sua relação tem, assim como por conseguir me seduzir à leitura semanal de seu blog, coisa que não faço com outros blogs.
Olha só, já conseguiu uma leitora fiel, mesmo que nem sempre eu faça comentários...
Aguardo ansiosa a próxima crônica!

Um super abraço!

Margarete Barbosa

Anônimo disse...

Parabéns pelo blog interessante, a foto está boa, é no Brasil?
Muito sucesso em sua nova interface..mil beijosssssSSSSSSSSSSSS