Para Mônica
No sábado passado, dia 18, perdemos do nosso convívio nossa querida Mônica, sem ao menos nos avisar que estava a caminho da sua última morada. Ficamos todos meio desnorteados com sua partida antes da hora. Ainda tínhamos esperança que ela demoraria um bom tempo antes dessa viagem compulsória, guerreira como sempre foi nesta vida.
Nesses momentos de rito de passagem, nossos sentimentos são confusos, mas apesar de manifestações diferenciadas, há um ponto que nos unifica, que são as nossas dúvidas em torno da existência humana. Indistintamente ficamos todos mexidos, tocados, cheios de dúvidas, com um medo inexplicável, obscuro. Medo que se metamorfoseia em indagações sem respostas frente à morte. Os que crêem noutra existência, e mesmo os que se acreditam incrédulos, ateus, todos ficam balançados, sentem um arrepio concreto. Seja porque estão vivenciando tal situação pela primeira vez, seja porque já passaram por ela antes, mas principalmente porque cada um de nós fica pensando que vai chegar a sua hora. E ninguém, absolutamente ninguém na face da terra, pôde até hoje precisar quando, onde e nem como será essa nossa viagem compulsória individual. Eis o grande mistério. Pra sempre.
Perder alguém que se ama é muito duro e, se for pra sempre, é uma dor aguda, aquela que nos atinge feito punhal rasgando nossas entranhas. É assim que se sentem a mãe e o pai ao perder um filho, dizem que não há dor igual; dor próxima é a perda da mãe e do pai e de irmãos, nesta ordem. Trata-se de doação de vida e de entranhas, o que não se iguala a nada que se possa sentir. Depois, todas as demais dores se entrelaçam: a perda de um amor, de um parente, de um amigo.
Dizemos pra nos consolar: esse corpo que se vai é apenas matéria, essa pessoa habitará nossos corações para sempre. É verdade. No entanto, sabemos que faz diferença a ausência física, o quanto machuca a crua consciência de que nunca mais vamos poder ver aquela pessoa amada, escutar sua voz, trocar confidências, tomar uns porres juntos, jogar conversa fora, pedir conselhos e até vivenciar umas briguinhas ocasionais. Esse é o lado doído e cruel dessa ruptura entre os seres humanos.
Ah! Jonas e Danilo, os filhos de nossa Mônica. Quanta falta sentirão da mãe querida, das suas recomendações sobre todas as coisas, desde as mais banais: “vá com outra roupa, não deixe de comer antes de sair, cuidado na rua, não chegue muito tarde, dê notícias, como foi seu dia, eu te amo...” Que saudades! Que dor injusta!.
A verdade crua e nua nos bate na cara: o sentido real e sem máscara da palavra NUNCA. Para um lado e para o outro. Nunca mais vou ver essa pessoa, nunca mais vou tê-la ao meu lado, a gente pensa.
Quanto à Mônica, o que não vamos nunca esquecer é da sua coragem, sua correção, sua dedicação às pessoas que amava, do seu belo caráter, enfim, da sua inteireza em toda sua vida .
A nós todos, neste momento, resta como grande consolo o legado que ela nos deixou na sua curta existência: a qualidade de sua presença e o amor solidário que dispensou a cada um de nós.
Vá em paz, Mônica! E tenha o repouso eterno, cheio de luzes e cores, como você gostava.
No sábado passado, dia 18, perdemos do nosso convívio nossa querida Mônica, sem ao menos nos avisar que estava a caminho da sua última morada. Ficamos todos meio desnorteados com sua partida antes da hora. Ainda tínhamos esperança que ela demoraria um bom tempo antes dessa viagem compulsória, guerreira como sempre foi nesta vida.
Nesses momentos de rito de passagem, nossos sentimentos são confusos, mas apesar de manifestações diferenciadas, há um ponto que nos unifica, que são as nossas dúvidas em torno da existência humana. Indistintamente ficamos todos mexidos, tocados, cheios de dúvidas, com um medo inexplicável, obscuro. Medo que se metamorfoseia em indagações sem respostas frente à morte. Os que crêem noutra existência, e mesmo os que se acreditam incrédulos, ateus, todos ficam balançados, sentem um arrepio concreto. Seja porque estão vivenciando tal situação pela primeira vez, seja porque já passaram por ela antes, mas principalmente porque cada um de nós fica pensando que vai chegar a sua hora. E ninguém, absolutamente ninguém na face da terra, pôde até hoje precisar quando, onde e nem como será essa nossa viagem compulsória individual. Eis o grande mistério. Pra sempre.
Perder alguém que se ama é muito duro e, se for pra sempre, é uma dor aguda, aquela que nos atinge feito punhal rasgando nossas entranhas. É assim que se sentem a mãe e o pai ao perder um filho, dizem que não há dor igual; dor próxima é a perda da mãe e do pai e de irmãos, nesta ordem. Trata-se de doação de vida e de entranhas, o que não se iguala a nada que se possa sentir. Depois, todas as demais dores se entrelaçam: a perda de um amor, de um parente, de um amigo.
Dizemos pra nos consolar: esse corpo que se vai é apenas matéria, essa pessoa habitará nossos corações para sempre. É verdade. No entanto, sabemos que faz diferença a ausência física, o quanto machuca a crua consciência de que nunca mais vamos poder ver aquela pessoa amada, escutar sua voz, trocar confidências, tomar uns porres juntos, jogar conversa fora, pedir conselhos e até vivenciar umas briguinhas ocasionais. Esse é o lado doído e cruel dessa ruptura entre os seres humanos.
Ah! Jonas e Danilo, os filhos de nossa Mônica. Quanta falta sentirão da mãe querida, das suas recomendações sobre todas as coisas, desde as mais banais: “vá com outra roupa, não deixe de comer antes de sair, cuidado na rua, não chegue muito tarde, dê notícias, como foi seu dia, eu te amo...” Que saudades! Que dor injusta!.
A verdade crua e nua nos bate na cara: o sentido real e sem máscara da palavra NUNCA. Para um lado e para o outro. Nunca mais vou ver essa pessoa, nunca mais vou tê-la ao meu lado, a gente pensa.
Quanto à Mônica, o que não vamos nunca esquecer é da sua coragem, sua correção, sua dedicação às pessoas que amava, do seu belo caráter, enfim, da sua inteireza em toda sua vida .
A nós todos, neste momento, resta como grande consolo o legado que ela nos deixou na sua curta existência: a qualidade de sua presença e o amor solidário que dispensou a cada um de nós.
Vá em paz, Mônica! E tenha o repouso eterno, cheio de luzes e cores, como você gostava.