sábado, 1 de março de 2008

O QUE ASSUSTA PODE ATRAIR E... ATÉ VICIAR

Podem acreditar, eu era mais feliz quando era mais simples e... mais pobre. Sei que a segunda parte da frase é uma afirmação horrível pra alguns ou muitos de vocês, principalmente os intelectuais que são muito chegados à opção preferencial pela pobreza (embora eu nunca tenha acreditado nessa conversa ilusionista). Pois bem, meus amigos.Vou lhes dar um exemplo dessa minha conclusão. Tempos atrás, fiz uma crônica chamada Lado B que se traduzia em explorar o meu lado mais leve, com preocupações mais existenciais. Este texto aqui pelo seu conteúdo se encaixa no meu Lado C, aquele esquisito, doidão, bizarro. Como veio à tona esse lado? Esses lados vêm ou não à tona, isso não é bem direcionado pela nossa vontade que alguns pensam que tudo pode, mas por alguma ocorrência, algum sinal ou motivação que nos toca mais fundo.
De novo, a TV na minha vida, é isso mesmo, eu gosto muito de TV, de um filminho, de um noticiário básico, de documentários os mais variados e, mais recentemente, dessa temática esquisita, qual seja as catástrofes passadas e futuras da natureza. Neste último caso, me descobri atraída por esse assunto, por acaso.Comprei no segundo semestre de 2007 um daqueles pacotões de filmes e outros programas da NET e HBO e testando vários deles me deparei com o canal 82 The History Channel. Olhem, achei um barato e fiquei fissurada, dependente mesmo. São sinalizações demonstradas por cientistas os mais renomados. Aqueles caras com cara de louco que de tanto conviverem com tais possibilidades já têm o cabelo em pé, os olhos esbugalhados, as mãos agitadas, enfim aquele perfil que em si mesmo já nos apavora. Apresentam continuamente o panorama trágico do que vai ocorrer em determinadas regiões do planeta.São erupções de vulcões, terremotos, maremotos, furacões, destruição em massa, cidades que vão desaparecer como Tóquio, regiões que vão deixar de existir e mais e mais desgraças.Tudo muito explicado e justificado cientificamente, repito. A perfeita “volta do cipó no lombo de quem mandou dar”, como dizia aquela canção "Arueira"de Geraldo Vandré. A mãe natureza que já tem seu lado cruel nas suas entranhas, quando continuamente maltratada pelo homem vai ficando cada vez mais enfurecida e dá o troco mortal.
Vocês a essa altura se perguntam, mas essas catástrofes não vão ocorrer em águas do Pacífico, em terras do Atlântico norte, em regiões orientais, por que você fica tão mobilizada se nosso país está resguardado desses grandes anúncios,a ponto de se viciar com essas noticias e cultivar essas imagens terríveis no seu sagrado lar? Eu respondo a vocês de uma maneira direta: só pode ser minha cabeça de marxista com essa mania de me preocupar com o futuro da humanidade, resquícios da idéia de revolução internacional, só pode ser isso. Fico imaginando aquelas multidões sendo esmagadas e tragadas pela água, pelo fogo, pela terra, um horror. E, esteticamente, aquele montão de destruição. Uma calamidade!
Mas, eu gosto por demais desse canal 82, como diriam os mineiros. Estou viciada, afinal provoca uma espécie de alucinação.Vejam só no que me transformei. Culpa do Lula e de seus companheiros. Pra terminar, diria como ele: Nunca nesse país pude ter um gosto tão bizarro, tão maluco, ao invés de me preocupar com a revolução permanente.
Vou finalizar agora este texto porque daqui a pouco vai passar um programa sobre o vivido furacão Katrina e seus efeitos terríveis, vou ligar a telinha e curtir minha maluquice.
Garanto que parte de vocês está super curioso e penso que terei uns concorrentes. Ou não?

2 comentários:

Anônimo disse...

Rose,
Vc é muito curiosa e honesta.Vou verificar o programa e depois lhe esccrevo,ok?beijo
Marcelo da UERJ

Marmota Cultural disse...

É verdade, tem isso mesmo!
Eu por exemplo to viciada no seriado Capadócia.É uma prisão de mulheres com violência, doenças, massacres, roubalheiras, interesses políticos, e outros males.
Pena que tá passando muito tarde.
Patricia